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M&P - A semana que passou e o crédito privado

Foto do escritor: Pedro JunqueiraPedro Junqueira

A semana que passou viu a bolsa brasileira se valorizar mais um pouco, com seu índice principal registrando seu pico desde a queda abrupta em março. Invertendo comportamento, investidores estrangeiros aportam na B3 desde a eleição americana. O gráfico de desempenho da bolsa vai percorrendo o formato do símbolo da Nike.


A curva de juros doméstica, que se inclinou crescentemente por dois meses, passa por uma pausa neste movimento já há umas seis semanas, embora o nível que tal inclinação tenha alcançado se traduza em um diagnóstico complicado. Nossa vulnerabilidade fiscal está aí. Só não vê quem não quer.


O mercado de crédito privado no Brasil fica então nesta encruzilhada. Por um lado precisa de PIB e de emprego, para haver renda, demanda e baixa inadimplência. Por outro lado precisa de taxa de juros baixa e de curva de juros bem comportada. Ano que vem podemos ter um crescimento econômico relevante, a partir do nível deprimido e de ociosidade onde nos encontramos. Mas a equação fiscal precisa ser devidamente contemplada, senão o governo sequer consegue se financiar em prazos mais longos e todo o mercado de crédito privado se encarece perigosamente.


O dólar, desde a eleição americana, se enfraqueceu um pouco, e em relação à nossa moeda, perdeu uns 8%. Temos as reservas, nossas exportações, a sinalização de atuação do Banco Central e o investidor estrangeiro ingressando na B3. Além disto, a desvalorização no ano foi muito forte, tendo barateado muito o Real.


Nos EUA permanecem todos os índices principais dos mercados de ações próximos do pico histórico de cada um e toda a curva de juros dos papeis do Tesouro muito baixa, com o título de dez anos abaixo de 0,90%. Vacina versus vírus, o retorno de um pequeno barulho sobre a possibilidade de um novo pacote de estímulo fiscal, e a paciência para que o resultado eleitoral acabe de ser certificado em todos os estados deram o tom da semana, sem grandes variações.


Só a Tesla, agora compondo o S&P 500, que não parou de subir. Já vale quase meio trilhão de dólares.

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